A sinusite é uma das doenças mais comuns relacionadas ao sistema respiratório.
Ela se caracteriza pela inflamação dos seios da face.
Esses seios nada mais são do que cavidades dentro do osso da face.
Os seios frontais se localizam na testa, um pouco acima dos olhos; os maxilares ficam ao lado do nariz; os etmóides são entre os olhos; e na parte posterior da cavidade nasal se localiza o seio esfenóide.
Todas essas cavidades se comunicam com o nariz e são revestidas pela mucosa nasal, que é uma membrana que secreta muco.
Quando há congestão nessa membrana, como no caso de resfriado ou rinite alérgica, por exemplo, ocorre um acúmulo de secreção nos seios da face.
Essa secreção vai fazer uma pressão na cavidade em que estiver localizada, causando infecção, dor de cabeça, febre, sensação de peso, secreção amarelada acompanhada de tosse, sintomas característicos da sinusite.
Uma das causas da sinusite pode ser uma gripe mal curada, mas isso não significa que todos que tiveram gripe vão sofrer de sinusite, pois algumas pessoas apresentam uma predisposição maior do que outras para desencadear alguns fatores referentes à doença.
Essa predisposição pode ser uma rinite ou até mesmo uma alteração anatômica, como um desvio do septo nasal.
A gravidez é um momento onde ocorrem modificações hormonais que podem provocar congestão nasal. A sinusite é a complicação mais freqüente, pois a imunidade da mulher se altera durante a gravidez, facilitando a instalação da infecção bacteriana. Os sintomas principais da sinusite são: dor de cabeça, obstrução nasal persistente, secreção catarral do nariz, febre ou mal estar. Em algumas pessoas pode se manifestar apenas com acessos de tosse, piorando à noite.
Outras situações podem provocar uma rinite hormonal, como por exemplo em algumas doenças da tireóide. Na gravidez, a presença dos hormônios (estrogênio e progesterona) ativa as glândulas e aumenta o volume sanguíneo local.
Por isso, toda grávida, mesmo que não seja alérgica, apresenta uma tendência para obstrução das narinas que costuma desaparecer após o parto. Seria de se esperar que se a mulher fosse portadora de uma rinite alérgica antes de engravidar, teria mais propensão à piora na gestação. Entretanto, estudos científicos mostram que enquanto algumas pioram, outras até melhoram ou não modificam o padrão da rinite durante a gestação.
Aproveito para lembrar que a rinite deve ser tratada adequadamente durante a gravidez, pois a manutenção da obstrução nasal persistente pode provocar complicações como sinusite, tosse crônica, respiração bucal e piora ou surgimento de asma durante a gravidez. Por isso, é importante que a gestante alérgica seja acompanhada por médico especialista, em conjunto com o obstetra. Existem medicações adequadas e seguras para uso na gestação e na amamentação.